DO LITERÁRIO AO CINEMATOGRÁFICO: A ADAPTAÇÃO DE TODAS AS MANHÃS DO MUNDO

Autores

  • Edemilson Antônio Brambilla Universidade de Passo Fundo
  • Ivânia Campigotto Aquino Universidade de Passo Fundo

Resumo

Este texto busca refletir sobre o romance Todas as manhãs do mundo, do escritor Pascal Quignard, publicado em 1991, e sua adaptação fílmica homônima, lançada no mesmo ano. Ao abordar a relação entre um mestre, o músico Sainte Colombe, e seu discípulo, Marin Marais, o exercício musical e a condição humana são amplamente retratados na obra. A adaptação cinematográfica de livros consiste num exercício comum desde a emergência do cinema, conferindo novas possibilidades de interpretação das narrativas literárias. Nessa perspectiva, este trabalho reflete sobre essa prática, atentando para os elementos por meio dos quais o filme ressignifica, subverte e até mesmo recria a obra que o originou.

 

DOI: 10.5935/1984-6614.20200010

Biografia do Autor

Edemilson Antônio Brambilla, Universidade de Passo Fundo

Pós-graduando em Letras pela Universidade de Passo Fundo.

Ivânia Campigotto Aquino, Universidade de Passo Fundo

Professora do Curso de Letras, e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo

Referências

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Publicado

2020-07-03

Edição

Seção

Literatura, outras artes e outras mídias