VOZES D’ÁFRICA E D´OUTRAS PARTES: LUIZ GAMA, JUÓ BANANÉRE E A DESVERNACULIZAÇÃO DA PALAVRA LITERÁRIA BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.18305/scripta%20uniandra.v16i3.1089Resumo
Até meados do século XVIII a produção literária brasileira vinha sendo escrita quase que exclusivamente no vernáculo, reproduzindo, em muitos aspectos, a visão de mundo e a ideologia do colonizador europeu. Neste artigo, consideramos que a quebra desse paradigma se dá primeiramente com o poeta negro Luiz Gama (1830-1882) – por ter tomado a palavra à boca dos cativos – e, depois, na Belle Époque, com Juó Bananére (1892-1933) – por ter escrito suas crônicas e poemas em um dialeto que mesclava a voz do imigrado, do caipira e do iletrado –, num momento em que a nossa literatura não dava mais conta de expressar a emergente realidade étnica, social e cultural que deveria contribuir para a redefinição da identidade brasileira.
Palavras-chave: Luiz Gama. Juó Bananére. Sátira. Desvernaculização.
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DOI: 10.5935/1679-5520.20180057
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