MAJOR CARDOSO E A LIGA DA MORALIDADE: UM ESTUDO DO PROVINCIANISMO EM O CAPOTE DO GUARDA

Autores

  • Marcos Vinícius Teixeira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18305/scripta%20uniandra.v18i3.1807

Resumo

Prestes a completar um século de existência, pode-se afirmar que a novela O capote do guarda sobreviveu mais nos acervos do que nas mãos dos leitores. Escrita por vários autores e publicada na forma de folhetim no início dos anos 1920, a novela sobreviveu ao tempo, mas nos chegou de forma incompleta. O espaço da obra é a cidade de Belo Horizonte. Tem-se uma capital que se apresenta como um espaço planejado e moderno em contraste com uma sociedade provinciana e conservadora. Considerando um tratamento irônico presente na construção ficcional, o objetivo deste artigo é analisar o provincianismo em O capote do guarda.

 

Palavras-chave: Modernismo brasileiro. Escrita coletiva. Espaço urbano. Provincianismo.

 

Biografia do Autor

Marcos Vinícius Teixeira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

MARCOS VINÍCIUS TEIXEIRA possui graduação em Letras - licenciatura em Língua Portuguesa e bacharelado em Estudos Literários - pela Universidade Federal de Ouro Preto, mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo. É professor do curso de Letras e do mestrado acadêmico de Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, atuando na unidade universitária de Campo Grande-MS. É um dos líderes do Grupo de Pesquisa "Modernismo periférico: poéticas do século XX".

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Publicado

2020-12-07

Edição

Seção

Artigos