CORPOS (NÃO) HUMANOS EM SACRIFÍCIO: AS PERSPECTIVAS TRANSUMANAS E OS LIMITES ÉTICOS NA OBRA NÃO ME ABANDONE JAMAIS, DE KAZUO ISHIGURO
DOI:
https://doi.org/10.55391/2674-6085.2021.2100Resumo
Na busca da superação dos limites naturais humanos, o transumanismo compreende que a tecnologia pode auxiliar na remodelagem desses indivíduos a fim de desenvolver pós-humanos cognitiva, emocional e fisicamente melhorados. Em Não me abandone jamais, o internato de Hailsham é um espaço de exílio para clones que vivem à parte da sociedade inglesa do final da década de 1990. Na distopia, o uso de clones como meros doadores de órgãos é justificado como meio essencial para a cura de moléstias graves e tidas até então como incuráveis – a exemplo, o câncer. Sendo assim, este trabalho busca uma reflexão sobre o que é ser humano e quais os limites da ética quando movimentos transumanos marginalizam corpos em prol de outros.
Palavras-chave: Transumanismo, Distopia. Humano. Clones. Corpos.
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