INTERIORIDADE, APARÊNCIA E SILÊNCIO EM MACBETH

Autores

  • Carlos Roberto Ludwig Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.18305/scripta%20uniandra.v14i2.392

Resumo

ste artigo discute algumas concepções de interioridade, exterioridade e silêncio em Macbeth de Shakespeare. Será analisada a questão da consciência à luz da obra de Stephen Collins (1989), ressaltando que a ordem política de controle social configurava-se como um mecanismo superegoico que definia o indivíduo e a interioridade. Em seguida, será feita uma análise de Macbeth a partir da noção de interioridade discutida por Maus (1995), demonstrando como os silêncios e os engodos das aparências surgem nas falas das personagens, nos não-ditos e silenciamentos da peça. Fica evidente que Duncan não percebe as dissimulações das expressões faciais, dos gestos e dos comportamentos. O texto shakespeariano está minado com ambiguidades linguísticas, recursos da linguagem poética e imagens que sugerem algo sinistro nas relações humanas e intenções subjetivas.

PALAVRAS-CHAVE: Interioridade. Aparência. Silêncios. Subjetivi-dade. Macbeth.

 

Biografia do Autor

Carlos Roberto Ludwig, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Letras pela UFRGS. Docente do PPG-Letras da UFT/Porto Nacional

Referências

COLLINS, S. L. From Divine Cosmos to Sovereign State. Oxford: Oxford University Press, 1989.

GREENBLATT, S. Renaissance Self-Fashioning: From More to Shakespeare. Chicago: The University of Chicago Press, 1984.

JAMES I. Basilikon Doron. Edinburgh: Robert Waldgrave, 1599.

JORDEN, E. A Brief Discourse of a Disease Called the Suffocation of the Mother. London: John Windet, 1603.

MAUS, K. E. Inwardness and Theater in the English Renaissance. Chicago and London: University of Chicago Press, 1995.

PERKINS, W. The Whole Treatise of the Cases of the Conscience. London: Theatrum Orbis Terrarum, 1606.

SHAKESPEARE, W. Complete Works. London: Wordsworth Editions, 2007.

SHAKESPEARE, W. Hamlet. Edited by Harold Jenkins. London: Arden, 1997.

SHAKESPEARE, W. Macbeth. Edited by Kenneth Muir. London: Arden, 1997.

SHAKESPEARE, W. Macbeth. Trad. Manuel Bandeira. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

SHAKESPEARE, W. Richard III. Edited by Antony Hammond. New York: Methuen, 2009.

SHAKESPEARE, W. The Merchant of Venice. Edited by John Drakakis. London: Arden, 2010.

SPURGEON, C. A imagística de Shakespeare. Trad. Barbara Heliodora. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

DOI: 10.5935/1679-5520.20160027

Downloads

Publicado

2016-12-31