HILDA HILST E WALDO MOTTA – A DUPLICIDADE POÉTICA

Autores

  • Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Universidade Federal do Tocantins (UFT) Tocantins, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.18305/scripta%20uniandra.v11i2.560

Resumo

Este texto apresenta um cotejo entre dois poetas que revelam inquietações profícuas sobre o erótico; trata-se de uma abordagem fenomenológica da literatura, comparando poemas e intuições, sendo que o escopo principal é a duplicidade enquanto mote para a discussão do par alteridade/identidade; salientando, ainda, a libido enquanto jogo erótico do duplo. O processo semiótico aparece em Hilda Hilst e Waldo Motta como expressão da duplicidade fenomenológica do signo, duplicidade não só inerente à linguagem verbal, principalmente na expressão estética, a que mais instrumentaliza o signo como processo de significação e de constituição das experiências humanas, mas também no jogo estabelecido entre intuição e erotismo como fundamento da alteridade e como possibilidade de libertação.

Palavras-chave: Poesia. Fenomenologia. Identidade. Alteridade.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.18305/1679-5520/scripta.uniandrade.v11n2p257-269

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Publicado

2016-10-21