UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA, DE MIA COUTO: VISÕES LÍRICAS DA MORTE

Autores

  • Érica Fernandes Alves UEM - Universidade Estadual de Maringá
  • Luzia Aparecida Berloffa Tofalini UEM - Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.18305/scripta%20uniandra.v17i1.1244

Resumo

Pressupondo que o romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do moçambicano Mia Couto, constitui uma modalização da vida e do destino humanos, e buscando expressar as angústias do sujeito, este estudo investiga a poetização do problema da morte. Há, no texto, um entrelaçamento das categorias narrativas com o lirismo porque só nesse encontro é que se torna possível mergulhar na parte mais profunda da subjetividade. Uma das fontes de angústia do ser humano é a sua ânsia pela busca de respostas acerca da ontologia do seu ser e da inexorabilidade da sua finitude. Assim, o objetivo consiste em demonstrar os modos pelos quais prosa e poesia se unem no processo de abordagem da morte.

Palavras-chave: Prosa. Poesia. Morte. Mia Couto.

 

DOI: 10.5935/1679-5520.20190010

 

Biografia do Autor

Érica Fernandes Alves, UEM - Universidade Estadual de Maringá

Professora Adjunta do Departamento de Letras Modernas da UEM e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UEM (PLE)

Luzia Aparecida Berloffa Tofalini, UEM - Universidade Estadual de Maringá

Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Letras da UEM (PLE)

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DOI: 10.5935/1679-5520.20190010

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Publicado

2019-06-07