MULHERES QUE MORDEM, DE BEATRIZ LEAL: NOVOS TEXTOS, VELHOS TEMAS

Autores

  • Alexandra Santos Pinheiro Universidade Federal da Grande Dourados-UFGD

DOI:

https://doi.org/10.55391/2674-6085.2021.2053

Resumo

A literatura contemporânea surpreende pela criatividade, hibridismo e ressignificação do lugar do texto literário. Além disto, temáticas como a sexualidade, a miséria humana, a injustiça social e as relações de gênero ganham visibilidade, obrigando a enxergar um cotidiano automatizado. Por outro lado, o contemporâneo também é responsável por revisitar velhos temas, oferecendo uma releitura e um avivamento da memória histórica. Nascida dois anos depois do fim da ditadura militar (civil) argentina, a jovem escritora brasileira Beatriz Leal, em Mulheres que mordem (2015), rompe a fronteira geográfica e temporal para recompor a trajetória de Laura, Clara e Rosa, vidas literárias inspiradas nas histórias das “Abuelas de la plaza de mayo”. A análise aqui apresentada dialoga com os pressupostos da Crítica feminista.

Biografia do Autor

Alexandra Santos Pinheiro, Universidade Federal da Grande Dourados-UFGD

licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), mestra em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002), doutora em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (2007) e pós doutora pela Univerisdad de Jaén (2012-2013). É professora associada da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados, onde atua como professora da graduação e do Programa de Pós Graduação em Letras. Professora Produtividade CNPQ.

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Publicado

2021-09-26