POSSIBILIDADES DO DIÁRIO ÍNTIMO NO ROMANCE LUMINOSO, DE MÁRIO LEVRERO
DOI:
https://doi.org/10.18305/scripta%20uniandra.v16i1.998Resumo
Este artigo problematiza o gênero diário íntimo no Romance luminoso, narrativa do autor uruguaio Mario Levrero, bem como a impossibilidade de escrever um romance após o recebimento da bolsa Guggenheim. Informa-se que este diário é um prólogo imenso do Romance luminoso. Ainda, trata-se de uma prática ocidental complexa que, de certo modo, legitima socialmente a existência dos sujeitos, possibilitando também um “olhar-se no espelho”, em um movimento de subjetivação. O diário íntimo normalmente é avaliado como uma escrita cotidiana, burocrática. Contudo, a partir dessa escrita mais burocrática, na qual se registram fatos banais que comumente constituem um diário, encontram-se outros elementos que ampliam suas possibilidades, principalmente a consciência da trajetória pessoal e a escolha pela literatura como um exercício cotidiano de liberdade.
Palavras-chave: Literatura latino-americana. Escritas de si. Diário íntimo.Referências
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DOI: 10.5935/1679-5520.20180009
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