PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR GESTANTES EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v20i2.1237Palavras-chave:
Plantas medicinais. Unidade Básica de Saúde. Saúde da gestante.Resumo
O uso indiscriminado de plantas medicinais por gestante constitui um problema de saúde pública, pois muitas não sabem o risco teratogênico, embriotóxico e abortivo que algumas plantas medicinais podem apresentar. O objetivo desse estudo foi verificar a utilização de plantas medicinais por gestantes em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Senador Pompeu - CE. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, exploratório, transversal com abordagem quali-quantitativo, desenvolvido no período de abril a junho de 2018. Participaram 72 gestantes, sendo que 28 (38,9%) delas estavam no último trimestre de gravidez com predominância na faixa etária entre 18-21 anos (34,7%), com ensino médio completo 30 (41,7%). Mais da metade viviam com companheiro 62 (86,1%), com renda de até 1 salário mínimo 49 (68,1). A pesquisa demonstrou que somente 12 (16,7%) gestantes já fizeram uso da planta como uma finalidade medicinal. Dentre esse uso, foram mencionadas 9 espécies, predominando o capim-santo (Cymbopogon citratus), cidreira (Lippia alba (Mill.) Brow.) e hortelã pimenta (Mentha piperita) com 3 (25%) citações cada, utilizadas para cólicas estomacais, ansiedade e dor de cabeça respectivamente. A maioria das gestantes relataram que a parte da planta mais utilizada foram as folhas. Ressalta-se que o chá abafado (66,7%) foi apresentação mais utilizada. Observou-se que as gestantes não possuíam o conhecimento necessário sobre utilização de plantas medicinais, evidenciando a necessidade de atenção dos profissionais de saúde, alertando-as para os possíveis riscos abortivos, teratogênico e/ou embriotóxico e perigos de intoxicações com a utilização das plantas medicinais durante o período gestacional.