BIOMONITORAMENTO DE ELEMENTOS-TRAÇO EM AMOSTRAS DE SANGUE DE MORADORES DE ÁREA INDUSTRIAL

Autores

  • Aldo Pacheco Ferreira Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana / Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca / Fundação Oswaldo Cruz
  • Christiane Patricia de Oliveira Aguiar Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Leonardo da Silva Sant’Anna

DOI:

https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v15i3.143

Palavras-chave:

metais, sangue, saúde pública, exposição ambiental

Resumo

Os metais existem no ambiente em consequência de fontes naturais e antropogênicas, segundo um ciclo biogeoquímico sob diversas formas físico-químicas. Diferem de outras substâncias tóxicas por não serem criados e nem destruídos pelo homem que, no entanto, pode influenciar o seu potencial tóxico por meio de emissões para o ambiente e de alteração da especiação ou forma bioquímica do elemento. Foi realizado um estudo de corte transversal (seccional) para determinação de Pb, Hg, Cd, Cu, Zn, Al e As em amostras de sangue humano. Foram analisadas 164 amostras de sangue de voluntários ocupacionalmente não expostos, moradores dos 12 municípios que compõem o polo industrial da mesorregião fluminense, RJ, Brasil, entre fevereiro e outubro de 2013. Todos os indivíduos tinham idade entre 18-65 anos. Hg e Cd apresentaram níveis elevados, o que pode repercutir em problemas teratogênicos, cancerígenos e mutagênicos; e, em alguns casos, levar diretamente à morte. As concentrações de Pb, Cu, Al, Zn e As, apresentaram-se de acordo com a necessidade humana. Organismos vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, a exceção para o Pb e Al. Devido aos potenciais efeitos adversos causados pela exposição a metais e somente da existência de legislação para monitoramento ocupacional, frente aos dados encontrados, fica evidente a necessidade de programas de acompanhamento da população circunvizinhas a regiões industriais.

 

Biografia do Autor

Aldo Pacheco Ferreira, Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana / Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca / Fundação Oswaldo Cruz

Bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) categoria 2, área Ciências Ambientais. Graduação em Ciências Biológicas, Mestrado e Doutorado em Engenharia Biomédica, Pós-doutorado em Toxicologia e Imunotoxicologia. Pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública no âmbito do mestrado e doutorado, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz. Tem experiência nas Linhas de Pesquisa: Saúde e Trabalho; Toxicologia e Saúde; Avaliação do impacto sobre a saúde dos ecossistemas; Exposição a agentes químicos, físicos e biológicos e efeitos associados na saúde humana e animal; Promoção da saúde. É líder do Grupo de Pesquisa Trabalho/Produção, Ambiente e Saúde

Christiane Patricia de Oliveira Aguiar, Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduada em Farmácia, com habilitação em Análises Clínicas pela Universidade Federal do Pará (1999), especialização em Manejo, Uso e Manipulação de Plantas Medicinais pela Universidade Federal de Lavras/MG (2006) e mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2013). Atuou como Farmacêutica-Bioquímica do Hospital Regional Público do Baixo Amazonas (HRBA) e da Secretaria Estadual de Saúde do Pará (SESPA), e como docente das disciplinas de Fisiologia Humana, Farmacologia, Microbiologia, Parasitologia e Assistência Farmacêutica para os cursos de Farmácia e Enfermagem pelo Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES). Atualmente integra o quadro da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) como Farmacêutica-Bioquímica do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA). Possui experiência nas áreas de Análises Clínicas, Farmácia, Ensino e Gestão.

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Publicado

23-11-2014

Edição

Seção

Artigos