BIOMONITORAMENTO DE ELEMENTOS-TRAÇO EM AMOSTRAS DE SANGUE DE MORADORES DE ÁREA INDUSTRIAL
DOI:
https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v15i3.143Palavras-chave:
metais, sangue, saúde pública, exposição ambientalResumo
Os metais existem no ambiente em consequência de fontes naturais e antropogênicas, segundo um ciclo biogeoquímico sob diversas formas físico-químicas. Diferem de outras substâncias tóxicas por não serem criados e nem destruídos pelo homem que, no entanto, pode influenciar o seu potencial tóxico por meio de emissões para o ambiente e de alteração da especiação ou forma bioquímica do elemento. Foi realizado um estudo de corte transversal (seccional) para determinação de Pb, Hg, Cd, Cu, Zn, Al e As em amostras de sangue humano. Foram analisadas 164 amostras de sangue de voluntários ocupacionalmente não expostos, moradores dos 12 municípios que compõem o polo industrial da mesorregião fluminense, RJ, Brasil, entre fevereiro e outubro de 2013. Todos os indivíduos tinham idade entre 18-65 anos. Hg e Cd apresentaram níveis elevados, o que pode repercutir em problemas teratogênicos, cancerígenos e mutagênicos; e, em alguns casos, levar diretamente à morte. As concentrações de Pb, Cu, Al, Zn e As, apresentaram-se de acordo com a necessidade humana. Organismos vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, a exceção para o Pb e Al. Devido aos potenciais efeitos adversos causados pela exposição a metais e somente da existência de legislação para monitoramento ocupacional, frente aos dados encontrados, fica evidente a necessidade de programas de acompanhamento da população circunvizinhas a regiões industriais.