A relação entre as práticas parentais e o consumo de substâncias psicoativas

Autores

  • Aislan José de Oliveira Universidade Metodista de São Paulo
  • Luana Mayara Ferreira da Silva Centro Universitário Campos de Andrade
  • Midiely Corcino Santos Centro Universitário Campos de Andrade
  • Luiz Roberto Marquezi Ferro Universidade Metodista de São Paulo
  • Manuel Morgado Rezende Universidade Metodista de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v21i3.1547

Palavras-chave:

Substâncias Psicoativas, Estilos Parentais, Modelo Comportamental

Resumo

A família desempenha um papel fundamental no contexto do consumo de substâncias psicoativas, e o modelo comportamental dos pais pode contribuir como fator de proteção ou de risco. São diversos os fatores contribuintes que levam ao uso de substâncias e há evidências da relação entre o consumo de SPAs e o universo familiar. Estudos apontam a importância da relação entre pais e filhos, principalmente referindo-se às práticas utilizadas no manejo da educação. Objetivo: A presente pesquisa teve por objetivo analisar a relação entre estilos parentais e o consumo de drogas. Método: Foi realizado um estudo experimental com o objetivo de comparar os resultados obtidos por meio do Inventário de Estilos Parentais (IEP), entre sujeitos com diagnóstico de dependência em SPA e não diagnosticados. A amostra foi composta por dez participantes com diagnóstico e dez sem diagnóstico. A coleta de dados ocorreu entre os meses de julho e agosto de 2019 em uma clínica de recuperação para dependentes em SPA e um centro universitário, localizados no município de Curitiba-PR. Resultados: Os resultados obtidos corroboraram com a literatura e foi possível identificar que diferentes comportamentos sociais, entre eles o consumo de substâncias psicoativas, podem ser aprendidos a partir das interações estabelecidas entre pais e filhos e as práticas educativas consideradas como negativas possuem grande influência no desenvolvimento de comportamentos antissociais e a negligência é considerada um dos principais fatores e está intimamente associado à história de vida de usuários de álcool e outras drogas e as práticas educativas consideradas positivas, podem reduzir a possibilidade de engajamento em comportamentos de risco, demonstrando haver correlação positiva entre apego familiar e comportamentos pró-sociais. Conclusões: Os Pais que adotam um estilo de monitoria fundamentado no respeito e em relações de reciprocidade, constroem as condições de adaptação positiva e pró-sociais atuando assim como fator protetivo ao uso de substâncias psicoativas.

Biografia do Autor

Aislan José de Oliveira, Universidade Metodista de São Paulo

Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, doutorando em Psicologia da saúde pela Universidade Metodista de São Paulo, Mestre em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná e Especialista em Dependências Químicas. Atua como Psicólogo clínico e professor universitário com experiência na área de Psicologia clínica e Avaliação Psicológica, com ênfase em Dependências Químicas atuando principalmente nos seguintes temas: Tratamento (Comunidades Terapêuticas, Clínicas e Centro de Atenção Psicossocial), estruturação de serviços de tratamento, desenvolvimento, análise, avaliação e implementação de Programas Terapêuticos.

Midiely Corcino Santos, Centro Universitário Campos de Andrade

Psicóloga Clínica

Luiz Roberto Marquezi Ferro, Universidade Metodista de São Paulo

Doutorando em Psicologia da Saúde pela Universidade Metodista de São Paulo. Mestre em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca. Possui pós graduação em filosofia e ensino de filosofia (2011) pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais; graduação em Teologia pelo Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirao Preto (2003), graduação em Psicologia pela Universidade Paulista - UNIP (2011), graduação em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (2007) e graduação em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirao Preto (1999). Foi professor no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirao Preto.

Manuel Morgado Rezende, Universidade Metodista de São Paulo

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1979), mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1993) e doutorado em Saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Pós-Doutorado em Psicologia da Saúde pela Universidade do Algarve. Professor Titular da Universidade Metodista de São Paulo. Professor convidado do Doutoramento em Psicologia da Universidade do Algarve, Portugal.Professor aposentado da Universidade de Taubaté. Presidente fundador da Associação Brasileira de Psicologia da Saúde (ABPSA) período ( 2006-2008). Presidente atual da Associação Brasileira de Psicologia da Saúde ( 2015 - 2018) Editor da revista Mudanças: Psicologia da Saúde ( 2008-2011). Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Lider do Grupo de Pesquisa do CNPq Processos psicossociais na promoção de Saúde. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em psicologia da saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: riscos à saúde mental e à vida, abuso de substâncias, prevenção e tratamento de dependência de drogas, paternidade e promoção de saúde grupal e comunitária. Faz parte da rede de pesquisas sobre drogas do SENAD. Editor Associado da Revista Psicologia Saúde & Doenças. Membro do Conselho científico das revistas; Boletim de Psicologia, Revista Latino-americana de Psicopatologia Fundamental.

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Publicado

16-02-2021

Edição

Seção

Artigos