Estudo Exploratório entre Trabalhadores Rurais Expostos Ocupacionalmente a Agrotóxicos
DOI:
https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v16i1.157Palavras-chave:
Trabalhadores rurais. Agrotóxicos. Riscos Ocupacionais.Resumo
O forte predomínio da atividade agrícola no oeste catarinense e as evidências em estudos da correlação entre a exposição a substâncias químicas e alterações endócrinas e celulares em trabalhadores rurais, motivou o presente estudo. Objetivo: Conhecer o panorama geral da exposição ocupacional a agrotóxicos em trabalhadores rurais de municípios do Oeste de Santa Catarina. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória de campo. A amostra foi aleatória equivalente a 2,5% do número de famílias rurais cadastradas na Secretaria da Agricultura de oito municípios do oeste catarinense totalizando 197 famílias. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista. A análise dos dados foi fundamentada a partir da produção de frequências absolutas. Resultados: Os resultados demonstraram que o Roundap (98,48%), o Formicida Granulado (78,68%) e o Orthene (58,38%) foram os agrotóxicos mais utilizados nas propriedades rurais. Observou-se que o maior percentual dos aplicadores de agrotóxicos eram homens (89,95%) e que 48,73% deles passam mais de 4 horas expostos aos pesticidas durante uma aplicação, na maioria das vezes sem utilizar nenhum equipamento de proteção individual. O baixo grau de escolaridade observado entre os entrevistados pode ser um dos fatores envolvidos na não utilização destes equipamentos. Conclusão: Os dados obtidos neste estudo, apoiados em trabalhos anteriores, sugerem que a população estudada está exposta aos riscos do desenvolvimento de agravos relacionados à exposição ocupacional crônica aos agrotóxicos.
DOI: http://dx.doi.org/10.18024/1519-5694/revuniandrade.v16n1p31-38