Mapeamento de Riscos como Ferramenta para Ações de Prevenção em Saúde do Trabalhador: Estudo de Caso em Consultório Odontológico

Autores

  • Eliana Napoleão Conzendey Silva Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP). Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH)
  • Pedro Paulo Neves Oliveira Universidade Federal Fluminense (UFF). Escola de Engenharia. Departamento de Engenharia de Produção
  • Leda Freitas Jesus Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP). Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH)
  • Héctor Napoleão Cozendey Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE)
  • Gilson Brito Alves Lima Universidade Federal Fluminense (UFF). Escola de Engenharia, Departamento de Engenharia de Produção
  • Liliane Reis Teixeira Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP). Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH)

DOI:

https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v16i1.164

Palavras-chave:

dentistas, mapa de risco, odontologia, riscos ocupacionais, saúde do trabalhador

Resumo

O cirurgião-dentista, durante sua vida laboral, se expõe a vários fatores de risco. Objetivando contribuir para a compreensão do conceito de risco, a melhoria das condições de trabalho e a reflexão do trabalhador cirurgião-dentista quanto aos riscos inerentes ao seu campo de atuação profissional, este estudo de caso se propôs a mapear os riscos em um consultório odontológico por meio da identificação dos riscos existentes, de forma a facilitar a apresentação de medidas preventivas para a eliminação e/ou controle dos riscos identificados. Foram identificados riscos físicos (ruído, vibração, radiação ionizante e não ionizante), químicos (gases, vapores, poeiras, produtos químicos em geral), biológicos (microrganismos dispersos no ar, em sangue e outros fluidos biológicos corporais, em instrumentos e superfícies), ergonômicos (esforço físico, postura inadequada, controle rígido de produtividade, ritmos excessivos, monotonia, repetitividade), acidentes (arranjo físico inadequado e risco de explosão). Concluiu-se que a rotina de exposição levou esses trabalhadores a um quadro de naturalização dos riscos na relação do processo de trabalho com a saúde, pouco rigor com as medidas de proteção e valorização do processo produtivo em detrimento da saúde dos profissionais. Considera-se fundamental a ênfase na biossegurança como disciplina em cursos preparatórios de profissionais para a saúde. A análise periódica da organização do trabalho e a (re)utilização da metodologia de mapeamento de risco pelos trabalhadores do consultório podem dar continuidade à reflexão acerca dos fatores de risco e das medidas preventivas existentes.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.18024/1519-5694/revuniandrade.v16n1p45-57

 

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Publicado

15-04-2015

Edição

Seção

Artigos