Incompatibilidade Medicamentosa em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

Autores

  • Daniella Prelhacoski Uniandrade
  • Daniella Matsubara da Silva Uniandrade
  • Larissa Comarella Uniandrade

DOI:

https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v16i2.165

Palavras-chave:

Incompatibilidade de medicamentos, Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, Serviços de Assistência Farmacêutica.

Resumo

Incompatibilidade medicamentosa refere-se às interações físico-químicas entre medicamento e outro medicamento, solução, recipiente ou outras substâncias e, o produto resultante pode afetar a segurança e eficácia da terapêutica clínica. O propósito deste artigo foi identificar e quantificar as incompatibilidades entre os medicamentos administrados por via endovenosa em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e realizar intervenções farmacêuticas referentes às incompatibilidades, prevenindo a ocorrência de reações indesejáveis aos pacientes. Realizou-se um estudo longitudinal e prospectivo, onde as incompatibilidades foram identificadas a partir da análise das prescrições dos pacientes internados na UTIP de um hospital infantil, entre os meses de janeiro a março de 2014. Analisaram-se 130 prescrições médicas e em 104 foram identificadas incompatibilidades entre os medicamentos. Foram encontradas um total de 304 incompatibilidades, com média de 2,33 incompatibilidades por prescrição. Os medicamentos mais envolvidos foram o gluconato de cálcio (19,57%), morfina (14,14%) e fenitoína (9,38%), sendo as mais frequentes: morfina com gluconato de cálcio (22,70%); ceftriaxona com gluconato de cálcio (8,89%); e milrinona com furosemida (6,90%). Medicamentos de infusão intermitente mostraram-se incompatíveis com outro de infusão contínua em 63% dos casos. Sempre que identificada uma prescrição com incompatibilidade(s) foram realizadas intervenções farmacêuticas (n= 104) junto à equipe de enfermagem, através de orientações sobre o preparo e administração dos medicamentos incompatíveis. Verificou-se como resultado positivo, a aceitação pela equipe de enfermagem das orientações repassadas e confirma-se a importância da inserção do farmacêutico clínico à intervenção farmacêutica, contribuindo na terapia medicamentosa e qualidade da assistência prestada ao paciente.

DOI: http://dx.doi.org/10.18024/1519-5694/revuniandrade.v16n2p73-81

Biografia do Autor

Daniella Prelhacoski, Uniandrade

Farmacêutica

Daniella Matsubara da Silva, Uniandrade

Farmacêutica hospitalar, especialista em Farmácia Clínica pelo Hospital Pequeno Príncipe (2012) e em Gestão da Assistência Farmacêutica no SUS (UFSC - 2012)

Larissa Comarella, Uniandrade

Farmacêutica industrial (UFPR - 2006), mestre em Ciências (Bioquímica) (UFPR - 2008), especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica no SUS (UFSC - 2012) docente do curso de Farmácia da Uniandrade, disciplinas de Bioquímica e TCC (início 08/2009 até o presente).

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Publicado

21-08-2015

Edição

Seção

Artigos