A Arte Marcial e a Socialização: aplicações da filosofia do Kung Fu
DOI:
https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v22i3.1927Palavras-chave:
Cidadania. Socialização. Educação. Kung fu.Resumo
Uma parcela significativa da população brasileira é exposta constantemente a condições de violações dos direitos humanos, provocando desta maneira, repercussões negativas nas tomadas de decisões, sobretudo em crianças e adolescentes, que apresentam maior vulnerabilidade social. A partir dos princípios éticos e filosóficos que compõem a arte marcial, este estudo teve por objetivo incluir a filosofia do Kung Fu como meio de trabalhar a socialização, as habilidades socias e relacionais em menores em conflito com a lei. Os resultados obtidos mostram eficácia na introdução da arte marcial como meio de desenvolver as habilidades sociais e relacionais. Além destes resultados os menores apresentaram melhora na relação interpessoal familiar e aumento no rendimento escolar. Nesta esteira de pensamento, o projeto aqui apresentado, desenvolveu um forte diálogo com adolescentes e jovens em conflito com a lei e, para além disso, por meio do kung fu, garantiu socialização para um grupo de alunos marginalizados.
Referências
FETT, Carlos Alexandre; FETT, Waléria Christiane Rezende. Filosofia, ciência e a formação do profissional de artes marciais. Motriz. Journal of Physical Education. UNESP, p. 173-184, 2009.
DO BRASIL, Governo. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei federal, v. 8, 1990.
BERGER, PETER; BERGER, BRIGITTE. Socialização: como ser um membro da sociedade. In: Foracci, Marialice M.; Martins, José de Souza (Orgs.). Sociologia e sociedade: leituras de introdução à sociologia. São Paulo/Rio de Janeiro: LTC, 1977. Berger, Peter; Luckmann, Thomas. A Construção Social da Realidade. São Paulo: vozes, 2000.
ANDAKI JUNIOR, A. Fair Play: Instrumentos para avaliação e as orientações desses valores no comportamento de jovens atletas. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Viçosa, 2012.
SILVA FILHO, L.A.P. Karatê e formação de Valores: Vivências nas escolinhas do DEF. UEPB, Campina Grande, 2014.
MEDEIROS, A; FERREIRA, O; GARAVAGLIA, P. Convivência: você e suas relações sociais. Rio de Janeiro: Senac nacional, 2014.
MACHADO, M.T. A proteção constitucional de crianças e adolescentes e os direitos humanos. Barueri, SP: Manole, 2003.
MENIN, M. S. De S. Atitudes de adolescentes frente à delinquência como representações sociais. Psicologia: Reflexão e Crítica, p. 125-135, 2003.
SANTOS, S.H. Características sociais do judô na escola. UBSP, 2009.
TURELLI, F. C. Corpo, domínio de si, educação: sobre a pedagogia das lutas corporais. 2008. 117 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
CANTANHEDE, A.L.I, REZENDE, A.C.C, NASCIMENTO, E. Artes marciais para crianças: do método tradicional à prática transformadora. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, n 143, abril, 2010.
DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A.P. Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA-Del-Prette): manual de aplicação, apuração e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2009.
VILA, E. M.; GONGORA, M. A. N.; SILVEIRA, J. M. Ensinando repertório alternativo para clientes que apresentam padrões comportamentais passivo e hostil. Intervenções em grupos: Estratégias psicológicas para a melhoria da qualidade de vida, p. 59-81, 2003.
GONZALES, R. H.; MACHADO, M. M. T. Promoção da saúde em crianças e adolescentes. João Pessoa: Imprell, 2016.