Prevalência dos fatores de risco materno nas respostas anormais dos reflexos primitivos em neonatos prematuros
DOI:
https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v17i2.391Palavras-chave:
fatores de risco para o parto prematuro. Prevenção do parto prematuro. Atenção primária a saúde materno-fetal.Resumo
Atualmente a ocorrência do parto prematuro é alta, chegando próximo a 15%. Dentre os fatores de risco, rara é a ocorrência por doenças próprias do feto. Entretanto, infere no desenvolvimento intra-útero dos mesmos, onde aproximadamente de 35% dos recém-nascidos sofrem injuria cerebral. O objetivo deste estudo foi identificar e discutir os fatores de risco maternos, sua associação com o parto prematuro e com a injúria cerebral do neonato. Estudo de coorte, amostra de conveniência, participaram 450 mães de recém-nascidos com 35 semanas de idade gestacional corrigida no momento da entrevista e do exame físico dos reflexos primitivos. Realizou-se a análise de variância (ANOVA) para verificar a diferença entre as médias das variáveis contínuas e as diferentes categorias do exame dos reflexos primitivos e reações arcaicas de endireitamento. A infecção do tracto urinário esteve presente em 62,4% das gestantes, onde nestas 29,6% dos RNPT apresentaram reflexos anormais, seguido da oligodramnia em 48,8% com reflexos anormais em 22,9%. O rompimento prematuro da membrana ovulatória e o parto prematuro idiopático ocorreram em 46% das gestantes com respostas anormais em 25% dos RNPT. A alta prevalência de intercorrências na amostra estudada sugere que apesar dos programas governamentais voltados para a saúde da mulher, ainda existe uma lacuna na assistência para a prevenção do parto prematuro. A atenção primária materno-fetal deve ser repensada, com isto deve-se debruçar um olhar para a mulher com o objetivo de identificar os fatores de risco que ela está exposta e reduzir a condição de parto prematuro de causa idiopática