Prevalência dos fatores de risco materno nas respostas anormais dos reflexos primitivos em neonatos prematuros

Autores

  • Maria do Céu Pereira Gonçalves Universidade Estácio de Sá Fundação Municipal da Saúde de Petrópolis
  • Maria Amélia Sayeg Porto UFRJ
  • Márcia Gonçalves Ribeiro UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5935/revuniandrade.v17i2.391

Palavras-chave:

fatores de risco para o parto prematuro. Prevenção do parto prematuro. Atenção primária a saúde materno-fetal.

Resumo

Atualmente a ocorrência do parto prematuro é alta, chegando próximo a 15%. Dentre os fatores de risco, rara é a ocorrência por doenças próprias do feto. Entretanto, infere no desenvolvimento intra-útero dos mesmos, onde aproximadamente de 35% dos recém-nascidos sofrem injuria cerebral. O objetivo deste estudo foi identificar e discutir os fatores de risco maternos, sua associação com o parto prematuro e com a injúria cerebral do neonato. Estudo de coorte, amostra de conveniência, participaram 450 mães de recém-nascidos com 35 semanas de idade gestacional corrigida no momento da entrevista e do exame físico dos reflexos primitivos. Realizou-se a análise de variância (ANOVA) para verificar a diferença entre as médias das variáveis contínuas e as diferentes categorias do exame dos reflexos primitivos e reações arcaicas de endireitamento. A infecção do tracto urinário esteve presente em 62,4% das gestantes, onde nestas 29,6% dos RNPT apresentaram reflexos anormais, seguido da oligodramnia em 48,8% com reflexos anormais em 22,9%. O rompimento prematuro da membrana ovulatória e o parto prematuro idiopático ocorreram em 46% das gestantes com respostas anormais em 25% dos RNPT. A alta prevalência de intercorrências na amostra estudada sugere que apesar dos programas governamentais voltados para a saúde da mulher, ainda existe uma lacuna na assistência para a prevenção do parto prematuro. A atenção primária materno-fetal deve ser repensada, com isto deve-se debruçar um olhar para a mulher com o objetivo de identificar os fatores de risco que ela está exposta e reduzir a condição de parto prematuro de causa idiopática

Biografia do Autor

Maria do Céu Pereira Gonçalves, Universidade Estácio de Sá Fundação Municipal da Saúde de Petrópolis

1Maria do Céu Pereira Gonçalves. Doutora em ciências (clínica médica – pelo departamento da saúde da criança e do adolescente) pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014), Mestre em Ciencia da Motricidade Humana (UCB – 2002), graduação em Fisioterapia (UCP - 1981), Especialista em Psicomotricidade, Instrutora do Conceito Bobath, Docente e pesquisadora do Curso de Fisioterapia da Universidade Estácio de Sá, Criadora do Programa ISME e do Protocolo de Triagem Neuromotora Neonatal. Atualmente é Fisioterapeuta e pesquisadora do Instituto da Saúde da Criança e do Adolescente da Fundação Municipal de Saúde de Petrópolis, Intensivista da UTIN do Hospital Escola Alcides carneiro.

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Publicado

07-12-2016

Edição

Seção

Artigos