Cannabis – Da proibição ao uso terapêutico e alternativa socieconômica

uma revisão de literatura

Resumen

Introdução: A cannabis Sativa se entrelaça à história da humanidade há milênios. Nas últimas décadas, seu uso foi alvo de grandes políticas proibicionistas. Entretanto, com o avanço da neurociência, as descobertas sobre o potencial terapêutico que a erva oferece tem se multiplicado. Cada vez mais países estão legalizando e regulamentando seu uso, o que possibilita novos estudos e gera um mercado lucrativo, com produção e vendas em larga escala. Objetivo: Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo geral explicitar o contexto histórico da cannabis, o porquê de sua proibição e as políticas que corroboraram para isso, chegando aos dias atuais, com a legalização para seu uso terapêutico. Métodos: Para tanto, foi feita uma pesquisa bibliográfica, a fim de problematizar não só a criminalização da cannabis, como também o seu proibicionismo. Resultados: Com isso, buscou-se trazer novas formas de pensar essa erva, com foco nas políticas repressivas contra a maconha, considerada o vício dos pobres e pretos. Com todas as descobertas e os avanços a respeito da cannabis nas últimas décadas, fica evidente que ela foi proibida por questões político-raciais pseudocientíficas. Conclusões: Proibir e coibir o uso de uma planta eficaz a tantas áreas pertinentes à saúde, ao meio ambiente e à economia é negar o direito ao bem-estar, à escolha pessoal, além de negar a história e dizer sim a políticas ultrapassadas, em que métodos violentos que matam principalmente populações periféricas, pobres e negros bem como sua cultura. Para além das discussões e produções de conhecimento, a temática canábica e sua regulamentação afeta diretamente a saúde física e psíquica de diversos seres. Sua proibição, mais que um retrocesso, é a negação do direito ao bem-estar e qualidade de vida, temas próprios do campo de promoção à saúde.