O VISÍVEL E O INVISÍVEL

UMA LEITURA ESPECULATIVA DE LE PEINTRE DE LA VIE MODERNE

Autores

  • Gabriel Loureiro Pereira da Mota Ramos UFPE

DOI:

https://doi.org/10.55391/2676-0118.2021.2157

Resumo

O presente artigo desenvolve uma indagação especulativa acerca das relações entre o tempo e a experiência estética, tal como pensados por Baudelaire em Le peintre de la vie moderne. Em diálogo com os importantes trabalhos de Benjamin (1996; 2015), Froidevaux (1986), Jauss (2013) e Bohrer (1996), traçamos uma articulação entre as condições de experiência do tempo histórico na modernidade e o significado especulativo do tempo, na trilha de como o pensa Bohrer, para analisarmos a relação entre tempo, subjetividade e experiência estética no ensaio de Baudelaire, articulando-o a uma noção ampla de mundo e de real como inexauríveis, elementos essenciais à concepção especulativa de literatura defendida por Baudelaire, para quem a forma literária é sempre contingente e universal e, portanto, sem fronteiras.

 

Política de acesso aberto padrão Diamante (Diamond Road Open Access).

Referências

BAUDELAIRE. C. Sobre a modernidade. Tradução de Texeira Coelho. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

BENJAMIN, W. Das Paris des Second Empire bei Baudelaire. In: OPITZ, M. Walter Benjamin, ein Lesebuch. Leipzig: Suhrkamp, 1996, p. 500-591.

_____. Alguns motivos em Baudelaire. In: BARRENTO, J. Baudelaire e a modernidade. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2019, p. 103-151.

BOHRER, K. H. Der Abschied: Theorie der Trauer. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2014.

BOWIE, A. Aesthetics and subjectivity. Manchester: Manchester University, 2003.

COSTA LIMA, L. Sociedade e discurso ficcional. In: _____. Trilogia do controle. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007, p. 233-512.

_____. Mímesis: desafio ao pensamento. Florianópolis: UFSC, 2014.

EAGLETON, T. The Ideology of the Aesthetic. Oxford: Basil Blackwell, 2004.

FRANK, M. Einführung in der frühromantischen ästhetik. Vorlesungen. Suhrkamp: Verlag, 1989.

FROIDEVAUX, G. Modernisme et modernité: Baudelaire face à son époque. Littérature, n. 63, Paris, 1986, p. 90-103.

HEGEL, Georg W. F. Vorlesungen über die Philosophie der Religion I. Hamburg: Feliz Meiner, 1993.

HENRICH, D. Hegel im Kontext. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1970.

JAUSS, H. Tradición literatura y conciencia de la modernidad. Tradução de José Luìs Aristu. In: ARISTU, J. L. La historia de la literatura como provocación. Madrid: Biblioteca Nueva Hispania, 2013, p. 25-79.

KANT, I. Kritik der reinen Vernunft. Frankfurt am Main: Suhrkamp taschenbuch, 1974.

_____. Kritik der Urteilskraft. Frankfurt am Main: Suhrkamp taschenbuch, 1974.

LACAN, J. O seminário livro 7: a ética da psicanálise. Tradução de Antônio Quinet Zahar. Rio de Janeiro, Zahar, 2008.

NOVALIS. Blüthenstaub. Berlin: Hofenberg, 2016.

PAREYSON, L. Ontologia da liberdade: o mal e o sofrimento. Tradução de Vinícius Honesko. São Paulo: Loyola, 2017.

SCHLEIERMACHER, F. Hermeneutik und Kritik. Frankfurt am Main: Suhrkamp,1977.

SCHLEGEL, F. Fragmente. In: HASS, H.; MOHRLÜDER, G. Ironie als literarisches Phänomen. Köln: Neue Wissenschaftliche Bibliothek, 1973, p. 143-145.

ZIMA, P. The Philosophy of Modern Literary Theory. London: The Athlone Press, 1999.

Downloads

Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

Literatura e (in)formação