“BRUGES ERA A SUA MORTA. E A SUA MORTA ERA BRUGES”
RELAÇÕES FOTOLITERÁRIAS NO ROMANCE DE GEORGES RODENBACH
DOI:
https://doi.org/10.55391/2676-0118.2023.3005Palavras-chave:
Fotoliteratura, Georges Rodenbach, Bruges, MortaResumo
Este artigo parte dos estudos fotoliterários para analisar as relações entre literatura e fotografia em Bruges-a-morta (1892), romance do escritor belga Georges Rodenbach. Tendo como principais bases teóricas Barthes (2018), Ribeiro (2008), Mantovani (2019), Hoek (2006) e Santaella; Nöth (2015), este estudo consiste na análise da narrativa verbal em consonância com as fotografias da cidade de Bruges presentes no livro, considerando ainda que se trata do espaço de desenvolvimento do romance. Nesse sentido, alicerçando-nos nas relações entre texto e imagem e na percepção da indissociabilidade entre o romance e as fotografias, buscamos compreender o papel da cidade de Bruges no romance, bem como a sua importância como personagem principal da obra e possível reflexo de uma personagem morta.
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